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Davy tinha 6 anos, ele não era do tipo de criança que brincava e conversava com os amigos ou andava de bicicleta, ele era um garoto solitário, sem amigo nenhum. Nenhum de seus colegas ia até ele, pois achavam que ele era "nerd" por tirar notas boas e gostar de ler. Um dia, davy acordou com sua mãe dizendo:

- Filho, o café está pronto!

Ele se levantou da cama, desceu as escadas, foi até a cozinha e viu sua mãe, sentada na mesa lhe esperando. Davy foi até a mesa e se sentou. Enquanto comia, davy disse:

- Mãe, eu queria ter um amigo pra mim.

- Ah, filho, quer que eu fale com o diretor pra ele arrumar amigos novos pra você? - Perguntou sua mãe.

- Não. - Respondeu davy. - Eu queria arrumar um amigo sozinho, todos os meus colegas conseguem arrumar amigos sem ajuda de seus pais.

- Eu tenho certeza de que você vai conseguir arrumar um. - Disse ela.

Davy, olhando para seu prato, perguntou:

- Tem certeza?

- Claro que sim. - Respondeu sua mãe.

Quando davy terminou o café, voltou pro seu quarto e foi até a janela, ele viu as crianças na calçada brincando juntas, ele saiu de casa pra tentar brincar com alguém, mas tinha vergonha. Ele ficou sentado na calçada, com a cabeça olhando pros joelhos, foi quando ele sentiu uma mão em seu ombro e alguém dizendo:

- Posso brincar com você?

Ele se virou e viu um garoto segurando uma bola, da mesma idade que ele, ele usava uma camisa branca e uma bermuda preta. Davy se levantou e respondeu feliz:

- Claro que pode!

- Vamos brincar com minha bola! - Disse o garoto.

Os dois brincaram de chutar bola, quando foram descansar, davy perguntou:

- Qual seu nome?

- Michael. - Respondeu o garoto. - E o seu?

E davy respondeu:

- Davyson, mas pode me chamar de davy.

Então, ele viu sua mãe saindo de casa:

- Mãe! - Falou davy enquanto ia correndo até ela. - Esse é meu amigo, o michael.

- Cadê ele? - Perguntou a mãe de davy.

- Ali, não está vendo? - Disse ele enquanto apontava para michael.

- Ah, um amigo imaginário. - Ela comentou sorrindo.

- O quê! - Exclamou davy.

- Divirta-se com seu amiguinho. - Ela disse enquanto voltava até a porta, entrando em casa.

- Ela não pode te ver? - Perguntou davy.

- Davy, na verdade, eu sou imaginário. - Respondeu michael. - Eu sou apenas fruto da sua imaginação.

- É sério? - Davy disse surpreso.

- Sim. - Disse michael. - Você me criou. O seu desejo por um amigo fez com que eu fosse criado na sua cabeça.

- Nossa. - Comentou davy. - A sua bola também é imaginária?

Sim, ela também é. - Michael respondeu enquanto ria.

Davy falou animado:

- Então, já que você é imaginário, você pode ficar comigo sempre que eu quiser, não é?

- Acho que sim, né? - Respondeu michael.

Naquele momento, davy finalmente teve pelo menos, a boa sensação de ter um amigo. Um tempo depois, ele levou seu amigo até seu quarto:

- É muito legal. - Disse michael.

- Valeu. - Respondeu davy.

Michael falou:

- Eu espero sempre te fazer sorrir.

- Tomara. - Comentou davy.

Davy brincava com michael todos os dias, os dois iam pra escola juntos, na hora do recreio, davy e michael brincavam de chutar bola, pega-pega ou esconde-esconde. Davy agora era mais feliz do que já era, pois tinha uma amigo que lhe dava atenção e não se importava com seus defeitos. A noite, enquanto davy dormia em sua cama, michael dormia na sua própria cama imaginária que davy havia criado para o mesmo. Quando eles ficavam no quarto, brincavam de voar, navegar pelo mar ou de pedra-papel-tesoura.

sete anos haviam voado, davy já estava com 13 anos, ele ainda tinha seu amigo imaginário. Agora os dois já não brincavam mais, eles apenas batiam um papo e raramente brincavam de voar. Seus professores começaram a se preocupar com davy, que conversava sozinho, olhando pro nada. Sua mãe também se preocupava, pois davy ficava horas no quarto falando com michael, agora também com 13 anos.

Um dia, davy ouviu sua mãe lhe chamando, ele desceu as escadas e foi ver o que ela queria.

- O que houve, mãe?

- Com quem você estava conversando? - Perguntou ela.

- Com o michael. - Respondeu davy.

Sua mãe falou:

- Filho, eu acho que essa fase de amigo imaginário já passou.

- Como assim? - Perguntou davy.

E ela começou a falar:

- Querido, eu sei que você gosta do michael, mas você já está crescido, você não tem mais idade pra essas coisas, você era bem novinho quando criou o michael na sua cabeça, então, eu achava normal, o que você acha de esquecer o michael, meu amor?

- Mas, ele é meu único amigo, eu vou ficar sozinho de novo sem ele. - Respondeu davy.

- Eu sei disso, filho. - Disse ela. - Mas eu sei que você vai conseguir amigos novos, a mamãe sabe disso, mas o primeiro passo para isso é esquecendo o michael, o que você acha?

- Não, eu não vou abandoná-lo. - Disse davy.

E ela respondeu com um rosto triste:

- Então... eu vou ter que te colocar em um hospício.

- O que? - Exclamou davy. - Por que, mãe?

- Você pode ter algum tipo de esquizofrenia, isso pode ser melhor pra você, eu já liguei pro hospício. - Respondeu sua mãe.

Davy começou a chorar, se ajoelhou e disse:

- Não, mãe! Por favor! Eu não quero ir! Não faz isso comigo!

- Eu estou fazendo isso porque eu te amo, meu amor! - Disse sua mãe enquanto ajoelhava-se e colocava as mãos em seus ombros. - A mamãe te ama muito! Eu estou fazendo isso pro seu bem, meu bebê! Eu te amo!

- Sai de perto de mim! - Gritou davy

Ele se levantou e correu pro seu quarto, sua mãe continuou ajoelhada e começou a chorar. Davy se jogou na cama com lágrimas nos olhos, michael perguntou preocupado o que aconteceu:

- Minha mãe quer me mandar pra um hospício. - Disse davy. - Minha mãe acha que eu sou esquizofrênico apenas por ter você.

- Não se preocupe, davy, eu não irei te abandonar. - Disse michael enquanto abraçava davy.

Mais tarde, entrou no quarto de davy dois médicos, eles o pegaram e levaram até a saída, davy tentou lutar mas não conseguia, ele passou por sua mãe que estava olhando pra ele com uma cara triste:

- Mãe, por favor! - Gritou davy.

- A mamãe te ama, meu bebê! Eu fiz isso pro seu bem! - Gritou ela de volta, com lágrimas nos olhos.

- Deixem meu amigo em paz! - Gritou michael.

Os médicos levaram davy até um carro aonde ele foi colocado, michael conseguiu entrar no carro rapidamente e abraçou davy que chorava:

- Vai ficar tudo bem, amigo. - Disse michael. - Eu estou aqui com você.

Então, davy estava lá... no hospício, ele era usado em vários tratamentos, mas mesmo assim, ele conversava com michael a todo momento. Todos os dias, ele acordava triste por ainda ter que ficar naquela droga, mas logo ficava um pouco mais feliz ao lembrar que michael, seu amigo, estava lá. Em uma das muitas conversas dos dois, davy disse:

- Eu queria que você fosse real, para que eu pudesse sair daqui!

- Eu também queria. - Disse michael.

- Minha mãe é uma traidora! - Falou davy, com raiva. - Ela me colocou nesse lugar, sem saber o inferno que eu iria passar.

- Eu entendo. - Comentou michael.

Davy percebeu que michael estava ficando um pouco incolor:

- O que está havendo com suas cores? - Perguntou davy.

E michael respondeu:

- Eu estou sem alegria, minha alegria só depende de você.

- Você só sente as emoções que eu sinto? - Pergunta davy.

- Sim, foi você que me criou. - Responde michael. - Eu ficaria muito feliz se pelo menos... te visse sorrir.

Davy diz:

- Nós precisamos sair daqui, eu não aguento mais ficar nessa droga.

Vários meses depois, davy faz uma tentativa de fuga quando os médicos entram em seu quarto, ele dá um chute na virilha dos dois e sai correndo enquanto michael o segue, davy é agarrado por um médico, ele tenta morder seu braço, mas não consegue, michael tenta atacar médico, mas ele é invisível para ele, além de seus movimentos serem imperceptíveis.

Então, davy grita o mais alto que pode:

- Eu quero que michael seja real!

Ele nem percebe que ao fazer isso, consegue se soltar do médico, então ele tropeça, cai em uma janela que estava aberta e cai em queda livre. Michael, desesperado, sai correndo para fora hospício... e... encontra... seu melhor amigo... caído... e sem vida. Ele ajoelha-se e abraça davy com lágrimas nos olhos. Quando os médicos vão até davy, eles conseguem ver ele, o michael, ajoelhado e abraçando davy.

Ao olhar para os médicos, michael sai correndo e desaparece. No enterro de davy, lá estava a mãe dele, chorando, abraçada ao túmulo. Michael estava de longe, olhando o túmulo de davy. Ele diz:

- Eu irei te vingar, amigo.

A mãe de davy chega em casa, já é de noite, ela vai até a cozinha limpar as lágrimas e ouve uma voz:

- Olá, amiga.

Ela se vira, e vê ele, michael está diferente, ele tem a pele branca, uma camisa preta com listras brancas, uma bermuda branca com listras pretas e tem olhos negros com pupilas brancas:

- Quem é você? O que faz na minha casa? - Pergunta a mãe de davy.

Prazer. - Diz ele. - Meu nome é michael.

- Michael? - Exclama ela. - Você... você é real!

- Por sua culpa, meu amigo se foi. - Comenta michael. - E você vai pagar por isso.

A mãe de davy fala:

- Não, por favor! Não me mate!

- Tarde demais. - Responde michael.

Ele empurra a mulher com força, fazendo com que ela voe para trás e caia no chão, michael agarra pelo pescoço a mãe de davy que está sem um pingo de energia, ele começa a enforcá-la, até que ela morre. Depois disso, michael vai até a casa do médico e o enforca, assim como a mãe de davy.

Michael, anda pelas ruas, invisivelmente, a procura de pais que colocam filhos em um hospício, apenas por ter um amigo imaginário, e os mata, deixando marcas nas paredes escrito:

MICHAEL ESTEVE AQUI!



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