AVISO
Antes de começar a creepypasta, eu tenho um aviso a dar. Eu sou a mesma pessoa que escreveu a creepypasta "Mad Andy" mas, por algum motivo, não consegui acessar minha antiga conta (No caso a conta que eu usei pra escrever Mad Andy). O nome da conta era Edgar.bergmann. A partir de agora eu vou usar apenas essa. Obrigado pela atenção, agora fiquem com a história!
Mad Andy: Revelações (parte 1)
Josh já conseguia sentir a chuva pesada molhando seu corpo, apesar de não conseguir ver uma única gota d'água. Mesmo assim, o céu estava preenchida por nuvens carregadas. A única conclusão seria a de que, de fato, estava chovendo. A rua pelo qual o jovem seguia estava deserta. Eram apenas 3 horas da tarde, e Josh se sentia como se estivesse em uma cidade fantasma: Não havia qualquer sinal de vida ali. Parecia que o local havia sido abandonado a vários anos. As casas pareciam velhas e abandonadas, e a própria rua aparentava não ter seu asfalto renovado a um bom tempo.
A mente de Josh estava paralisada naquele momento. O único comando voluntário que seu cérebro mandava para o resto do corpo era o de continuar andando. Ele tinha a mente completamente limpa e não conseguia pensar. Ele se sentia bem com isso.
De repente, um estrondo quebrou o silêncio. No início, soava como um zumbido extremamente alto e ensurdecedor, mas em alguns instantes Josh percebeu que era apenas o latido de um cão. Esse som foi suficiente para trazê-lo de volta a realidade. Imediatamente, ele se lembrou o que estava indo fazer ali: ele iria se encontrar com uma pessoa para pagar uma dívida. Já era possível identificar ao longe a silhueta de uma pessoa encostada em um muro completamente coberto por pichações.
— Eu já estou esperando aqui faz mais de meia hora, onde você estava?! — Disse o sujeito.
— Me desculpe, eu me distraí. Pelo menos eu vim não é? — Respondeu Josh.
— Pelo menos isso. Você disse que ia pagar em uma semana. Faz dois meses que você disse isso. Se você não viesse hoje, eu iria mandar alguém atrás de você.
Josh sabia o que isso significava. Naquele momento, ele perdeu a cor, e viu que estava tremendo. Após alguns momentos respirando profundamente, ele recuperou a confiança e se acalmou.
— Vamos direto ao assunto, onde está o dinheiro? — Disse o homem, num tom impaciente.
— Aqui, Danny. — Respondeu Josh, entregando o dinheiro.
Danny, o estranho jovem encostado no muro, usava um casaco preto, jeans pretos, um boné preto, e óculos escuros. Se fosse visto de noite, seria facilmente confundido com uma sombra. Danny guardou o dinheiro e saiu do local apressado.
Josh então se lembrou de Andrew, seu melhor amigo. Andrew era a melhor pessoa que ele já havia conhecido. Ele simplesmente não tinha um único defeito. Literalmente, parecia que ele era a pessoa perfeita que todos dizem que não existe. Mas havia um problema. Josh sempre sentiu que algo aconteceria, algo que causaria um trauma tão grande na mente de Andrew que ele nunca mais seria o mesmo e, consequentemente, ele não seria mais "perfeito". Por isso, Josh sempre sentiu que tinha a obrigação de protegê-lo. Andrew tinha ido em sua casa antes de Josh sair. Por isso ele acabou chegando mais de meia hora atrasado para pagar Danny.
Na volta para casa, Josh decidiu caminhar por um bosque que havia perto de sua casa. Chegando lá, ele notou algo diferente no céu. Não estava mais chovendo, e ao invés de o céu estar repleto de nuvens carregadas de chuva, o céu estava limpo, porém completamente negro. Não estava de noite, Josh sabia disso. Ele esfregou os olhos, pensando estar vendo coisas. Quando abriu os olhos novamente, ele estava no meio do bosque, mas agora parecia uma imensa floresta. Josh caiu no chão. Suas pernas não aguentaram seu peso. Ele estava suando, completamente fraco e trêmulo. Algo estava muito errado. As árvores não se pareciam mais com árvores, pareciam olhos. Mas não olhos comuns, aqueles olhos podiam ver mais. Eles enxergavam fundo na alma de Josh, eles sabiam de seus piores erros e pecados. Árvores não tem olhos, então de quem eram? Após alguns instantes de desespero no silênico e na paisagem assustadora e vazia, o terror de Josh começou de verdade. O dono dos olhos se revelou.
Um homem alto, usando um terno.
Não era apenas alto, ele passava facilmente dos 2 metros. Parecia ter até pouco menos que 3 metros. Seu terno era da cor mais escura possível. Era de uma cor que os olhos humanos não tem a capacidade de enxergar. O negro mais escuro que existe. Sua gravata vermelha como o sangue se descava. E seu rosto... Não havia rosto. Estava vazio. Não havia cabelo ou orelhas, nada. Apenas uma cabeça completamente pálida, vazia e sem expressão. Seus membros eram notavelmente mais longos que membros de pessoas normais. Aquilo não era uma pessoa. Não era humano.
Josh mal conseguia respirar. Seus olhos nunca estiveram tão arregalados. Ele continuava no chão. A criatura o observava de muito perto. Seus rostos estavam a centímetros de distância. A coisa parecia ter uma coluna bem flexível, a ponto de conseguir ficar corcunda o suficiente a ponto de ficar com a cabeça na mesma altura que a cabeça de Josh, que estava caído no chão.
Aos poucos, o corpo de Josh começou a liberar cada vez mais o hormônio de adrenalina. Ele não pensou, apenas correu. Nunca correu tão rápido em toda a sua vida. Em certo ponto, sua visão escureceu e ele perdeu a consciência do que estava fazendo. Apenas recuperou o controle no dia seguinte, quando acordou em sua cama, como se nada tivesse acontecido. Mas ele sabia que não havia sido um sonho. Era real, ele podia sentir.
Ele podia sentir que estava marcado.
Fora o estranho sentimento que tomava conta de seu corpo, ele teve um dia normal. Apenas a noite, ele decidiu que iria enfrentar o homem alto que havia visto na noite anterior. Para isso, ele pegou uma arma que seu pai guardava, e foi para o bosque, esperando ver a criatura novamente.
O caminho parecia estar diferente. Ele não reconhecia bem a sua cidade. Ruas que ele havia passado sua vida inteira até ali. Quanto mais ele se aproximava do bosque, mais o sentimento aumentava. Poucos minutos depois, já era possível avistar as árvores ao longe. Josh já estava correndo e preparando a arma em suas mãos. Ele não sabia se o homem era perigoso ou não. O que ele queria. Josh desejava apenas matá-lo. As pessoas têm medo do desconhecido.
Mas a criatura não apareceu. Havia apenas o simpático bosque, o convidando para caminhar. Mesmo de noite, era uma bonita paisagem. Se deixando seduzir pela beleza do local, Josh adentrou o bosque. Imediatamente, o clima mudou. Quando ele percebeu, havia corpos e sangue por todos os lados. Órgãos dentro de sacos plásticos amarrados nas árvores. Josh vomitou. Quanto mais corria para sair logo dali, mais coisas perturbadoras apareciam. Em certo ponto, ele começou a sentir dores. Não dores normais, as piores dores que um ser humano pode sentir. Era como se ele estivesse sendo queimado vivo e, ao mesmo tempo, sendo perfurado por agulhas em cada milímetro de seu corpo.
Josh não aguentou mais correr e apenas se deitou no chão frio. Ele decidiu que ia aceitar que se tornaria um daqueles corpos, e que no futuro assombraria outra pessoa atormentada pelo homem. Mas, de repente, tudo parou. Todas as coisas perturbadoras ao seu redor desapareceram, e ele parou de sentir dor. Então, a criatura apareceu. Estava de pé ao lado de Josh. Ele conseguiu identificar uma pessoa normal ao lado da coisa. Parecia ter sua mesma altura, e usava uma máscara.
— Acha que já foi o suficiente? — Perguntou o homem mascarado.
A criatura fez o gesto universal com a cabeça que quer dizer "sim". Josh desmaiou.
"Mad Andy: Revelações (Parte 1)" Escrito por: Edgar Bergmann
Aguardem a segunda parte!