Wiki Creepypasta Brasil
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"Sou Marcos da Cunha. Estou em setembro de 2021, estou gravando a minha leitura de um arquivo, escrita á mão por um tal de Lucas de Oliveira. Acredito que seja de grande importância para entender o caso do assassinato de um homem adulto de 21 anos em Curitiba, Paraná, um mês atrás, envolvendo um gato laranja com listras brancas. Acredito que vós seja da polícia, se não for então deve para de ler imediatamente."

PARTE 1: O CLUBE[]

Quando eu tinha uns 17, 18 anos, no final da década de 2000, eu participava de um clube chamado Cat Busters, que tinha como objetivo capturar e eliminar todos os gatos da face da terra, sejam eles selvagens ou não. O pessoal adorava fazer aquilo, mas eu não gostava. Eu ficava cada vez mais e mais enojado das táticas deles. Eles usavam armadilhas que faziam o animalzinho sofrer além de ficar imobilizado, e caso vissem um na rua, pegava uma SUB e matava mais rápido. Eu sempre fiz aquilo somente porque eu era um ingênuo adolescente precisando de dinheiro para pagar a faculdade de História. Por fim, eu fugi e me demiti daquele clube de doentes quando aconteceu um caso horrendo e gótico.
Quem_não_ama_um_gato_fofinho

Quem não ama um gato fofinho

Isso era o tipo de coisa que eles caçavam


Eu e os outros integrantes do grupo estávamos "caçando", quando vimos um gato laranja listrado perto de uma casa. João, um dos integrantes do grupo mais ativos, pegou a pistola e deu 5 tiros no bichano... um menino saiu da casa, com uma cara de quem viu o capeta na sua frente. Ele chorava, e via seu caro gato morto.

"Foram vocês que fizeram isso?!" Ele perguntou, com uma tristeza que quase me fez chorar.

Depois de alguns segundos, nós admirando como acontecera uma das mortes de gato mais impactantes de nossas vidas, o rapaz raciocinou e juntou as peças.

"Vocês são os CatBusters26 do Facebook! Vocês postam imagens de cadáveres de bichinhos torturados e mortos que podem terem sido o animal de estimação de alguém como se fosse um troféu!" o menino falou, se levantando e fazendo cara de brabo.

"tu é muito viad* mesmo moleque corno" João respondeu ao menino, já mirando no rosto do coitado. "Tarado que está tentando parar a tirada de todos os bichinhos do kapiroto da Terra!"

Após João falar isso, eu vi.... e não pude fazer nada... João deu um tiro no menino, que caiu sangrando no chão. Logo depois, o Juliano, outro integrante, chegou e começou a esfaquear o garoto, e mais um monte de gente mostrou raiva no garoto, e eu queria poder impedir que uma alma tão jovem morresse... o moleque tinha 10 anos, cara. Que barbaridade, eu pensava. Se tinham feito isso numa criança, o que iam fazer em mim, desleal?

Quando parei de ficar repensando o que aconteceria a seguir, o menino, já gravemente ferido, tentou escapar dos Cat Busters, mas parou de correr e caiu no chão, morrendo. Após a autópsia do médico, já no dia seguinte, a causa da morte foi "Perda de sangue extrema, seguida de parada cardíaca fatal.", Após ver aquela cena horrenda, tomei minha decisão, pela minha própria segurança: dei no pé do clube, com uma carta de demissão. Mas a tormenta não acaba aí.

PARTE 2: ALGUNS ANOS DEPOIS[]

Alguns dias depois do incidente e a morte do garoto, eu denunciei o clube. No final, eu sai vitorioso e o clube além de ter tido que pagar até o final de minha faculdade, João foi preso e Cat Busters teve que pagar indenizações para a mãe do moleque morto.


Eu pude estudar em paz até eu me graduar, já no início da década de 2010. Arranjei um emprego na UFRGS e já era um dos melhores professores da escola (além de paixão, história é minha vocação). Porém, eu nem podia imaginar o que viria a seguir.

Em 2012, 2013, eu estava dando minha aulas para alunos do sexto ano, quando José levantou a mão. Não entendendo, achei que fosse uma solicitação para ir ao banheiro, colocar mais água na garrafa, coisa do tipo. Como eu estava num momento importante da aula, eu disse:

"Por favor José, espera um minuto"

"Não professor Lucas, o que eu quero dizer é que Jennifer, Gabriel e Manuel saíram pela porta á 30 segundos" Respondeu José.

Imediatamente, deduzi que os alunos foram matar aula.

"Que merd@" era a única coisa que eu conseguia pensar daqueles p*tos.

Sai correndo, e como eu esperava, a porta estava aberta. Passei o corredor e tropecei. Quando eu cai, tudo ficou escuro. Escuro e frio.

Quando acordei, eu estava num colchão surrado e que parecia Stalingrado em plena batalha. Sangue, sujeira, munição, coisas impossíveis de identificar... Inverossímil e indescritível. Vi de canto alguma coisa com cabelo ruivo, muito parecido com o de Gabriel. Imediatamente me levantei e sai a correr, e minhas pernas doeram muito, mas eu não me importava com a dor. Parecia... que eu estava em anestesia, de tão pouca dor que realmente eu sentia e percebia.

O ruivo correu atrás de mim, e eu nem consegui ver muita coisa. Só sei de uma coisa: ele corria junto de dois outros. Eles cantavam uma música só:


"Ouviram do fim do mundo ás margens plácidas,

De um povo acovardado o brado iretubante,

E a escuridão da escravidão sem brilho fúlgido,

Brilhou no fim de todas as pátrias nesse instante."


E muitas outras estrofes, todas sendo uma versão terrível do hino nacional brasileiro. Eu não parava de correr, parecia que eu estava viciado em correr. Só consegui parar quando bati a cara no quadro da minha sala. Os três capetas tinham quebrado a janela e caído fora. Eu fiquei paralisado por alguns segundos, com minha cara doendo, e meus alunos olhando para mim como se eu fosse o PewDiePie. Eu também demorei para me recuperar.


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