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O observador[]

Bom, vamos começar pelo começo. Meu nome é Diogo, tenho 17 anos e gostaria de relatar e avisar sobre uma possível criatura ou entidade. Faço um curso de culinária que dura das 18:20 até 22:30. Sempre vou de ônibus e volto a pé, passando por um atalho que leva até minha casa. Esse atalho é uma mata escura, com mais estrada do que vegetação.

Normalmente, depois do curso, vou para a casa dos meus amigos e passo lá de 30 minutos a 1 hora. No entanto, outro dia, meu amigo foi para o hospital e não pude ir à casa dele. Ele costumava me deixar no atalho de bicicleta, mas como estava no hospital, tive que improvisar e pegar um caminho desconhecido, com um pouco de mato e árvores.

Quando estava quase chegando na rua da minha casa, encontrei um diário de uma menina chamada Sophia, de 9 anos. O diário não parecia conter nada de mais, apenas relatos de como Sophia amava brincar com seus amigos Lucas, Nicolas e Levi naquela mata onde eu estava. Mas, exatamente no dia 18/04/2009, Sophia começou a escrever sobre um tal "Homem dos Olhos Assustadores". Por algum motivo, decidi chamá-lo de "O Observador".

A partir desse dia, Sophia nunca mais escreveu uma página que não mencionasse o "Homem dos Olhos Assustadores". A cada página, parecia que ela ficava mais desesperada, com medo e insana. Chegou um momento em que a letra dela estava quase ilegível. A parte que mais me deixou assustado e intrigado foi a última página, que dizia:

"19/11/2009 EU NÃO AGUENTO MAIS, O HOMEM DOS OLHOS ASSUSTADORES ME SEGUE PARA ONDE EU FOR, NÃO IMPORTA AONDE, ELE SEMPRE VAI ESTAR PERTO. PARECE QUE ELE ESTÁ ME CAÇANDO. EU ESTOU ESCONDIDA NA MAIOR ÁRVORE DESSE MATO. ELE ESTÁ AQUI, ELE VAI ME ENCONTRAR, ELE VAI ME MATAR. EU NÃO QUERO MORRER, EU NÃO QUERO MORRER, EU NÃO QUERO MORRER, EU NÃO POSSO MORRER. MEUS PAIS VÃO FICAR PREOCUPADOS. EU NÃO QUERO MORRER! POR FAVOR, SE ALGUÉM ESTIVER LENDO ISSO, ME AJUDE. POR FAVOR, PELO AMOR DE DEUS, ME AJUDE. EU NÃO QUERO MORRER, EU NÃO Q........."

A foto do observador

Quando terminei de ler, meu coração disparou. Saí correndo daquela mata e cheguei em casa ofegante. Contei tudo aos meus pais, mas eles não acreditaram em mim. No dia seguinte, peguei o mesmo caminho, mas desta vez guardei o diário dentro da minha bolsa. Mal sabia eu que essa seria a pior decisão da minha vida.

No meio do caminho, ouvi o som de galhos se quebrando. Inicialmente, pensei que fosse um guaxinim ou uma cobra, mas logo percebi passos humanos. Eu não estava sozinho; alguém mais estava ali. Em poucos segundos, os passos na mata ficaram mais próximos e altos. Olhei para o lado e congelei. Fiquei paralisado de medo.

Diante de mim estava uma figura totalmente escura, com apenas os olhos visíveis. Aquela criatura me encarou fixamente por alguns segundos que pareceram uma eternidade. Com o pouco de coragem que restava, tirei uma foto e corri o mais rápido que pude. Corri tanto que o diário caiu da minha bolsa.

Cheguei em casa desesperado e mostrei a foto aos meus pais. Eles ficaram tão perplexos quanto eu. Ligaram para a polícia, mas nada foi encontrado. A criatura que batizei de "O Observador" parecia ter desaparecido sem deixar rastros.

Aqui está a foto que tirei da criatura (está um pouco borrada porque eu tremia de medo):

A foto do observador na minha rua

Depois disso, comecei a ver a criatura em todos os lugares. Não consegui dormir por semanas, até que, em um dia específico, estava voltando do curso e vi aquela criatura novamente, mas desta vez ela estava na frente da minha casa. Fiquei mais desesperado do que nunca. Comecei a pensar: "E se ele entrar na minha casa?" "E se ele fizer algo com meus pais?" A criatura continuou me encarando por uns 3 ou 4 minutos, até que deu um grito extremamente alto e começou a correr atrás de mim.

Corri o mais rápido que pude, sentindo uma sede imensa, mas não parei. Sabia que estava correndo pela minha vida e que, se parasse, morreria. O grito da criatura foi tão alto que acordou um dos vizinhos, que saiu para ver o que estava acontecendo. O Observador percebeu que o vizinho estava indo para a rua e correu para se esconder na mata próxima. Desde esse dia, nunca mais vi aquela criatura. Antes de ela correr atrás de mim, consegui tirar uma foto dela. Aqui está a foto:




Meses se passaram e eu já tinha conseguido um emprego como zelador de dutos de ventilação. Trabalhei lá por um bom tempo, até que, um dia, encontrei a criatura novamente. Eu jurava que nunca mais a veria, mas lá estava ela, me observando com seus olhos macabros. Percebi que ela estava tentando chegar até mim, mas não conseguia. Nesse meio tempo, tirei outra foto dela. Por que tenho tantas fotos dessa coisa? Bom, estou reunindo várias fotos dessa entidade para mostrar à polícia e talvez eles investiguem essa criatura.

Voltando ao relato, depois que tirei a foto, a criatura percebeu que eu estava tentando exibi-la para todo mundo. Ela deu aquele mesmo grito alto e começou a se agarrar na entrada de ventilação. Obviamente, me afastei dela. Um tempo depois, a entidade conseguiu entrar nos dutos e rastejou rapidamente atrás de mim. Eu me rastejei tão rápido que ralei o joelho quatro vezes e, até hoje, tenho a cicatriz. Fiquei me rastejando por uns 20 minutos sem parar, procurando uma saída. Às vezes, despistava o Observador, mas ele sempre me achava, e eu rastejava cada vez mais rápido pela minha vida.

Depois de 20 minutos de agonia e desespero, finalmente encontrei a saída do duto de ventilação. Corri mais rápido do que quando estava me rastejando e fui direto para a delegacia. Mostrei todas as provas que tinha da existência dessa coisa para os policiais, e eles acreditaram em mim. Meu chefe também acreditou e me deu uns dias de folga. Agora, estou esperando a polícia capturar o Observador.

O observador na ventilação

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A