Cabelos longos escorriam pelo rosto da garota conhecida como Alexia, ela estava sentada na beirada do prédio e a 30 metros abaixo estava o asfalto onde ela queria chegar mas não tinha coragem de fazer e então apenas as suas lagrimas caiam até lá.
Ela volta para dentro do seu apartamento e ouve sua mãe gritando com ela sobre não subir mais até o terraço ou sobre não se cortar mas ela nem a ouve mais e vai direto para o seu quarto. Desenhos se espalham para todos os lados, desenhos onde as cores predominantes eram preto e vermelho assim como as roupas da garota, ela se senta em sua cama e rabisca mais alguns corpos no seu caderno até finalmente adormecer.
No dia seguinte ela é obrigada a voltar para o inferno em que convive todos os dias, a escola era o pior lugar do mundo para Alexia, era onde ela sempre foi humilhada e rejeitada por todos oque agravou muito o seu quadro depressivo, ela não tinha amigos e então passava o dia todo sozinha em um canto onde ela ficava escondida de todos, ou quase todos.
- Parece que a estranha esta se isolando de novo, oque houve dessa vez? Sua mãe não se prostituiu o suficiente ontem para pagar as bebidas do seu pai?
Alexia não respondeu, ela só se levantou fingindo que a garota nem existia e quando saiu dali ela só conseguia dizer em voz baixa
- Ela ainda vai ter o que merece, essa desgraçada ainda vai ter o que merece!
No dia seguinte ela anda pelos corredores e como de costume ela sente que todos estavam olhando para ela, ela continua caminhando com a cabeça baixa quando esbarra em alguém e deixa seu material cair, ela rapidamente se ajoelha para juntar em quanto todos riem e a mesma garota do dia anterior pisa na mão dela e diz :
- Desculpa não vi você ai, aliás ninguém vê e eu acho que você deveria ir embora!
- Por que? Por que você é tão má comigo?
Alexia sai correndo dali e se esconde atrás da escola e então com lagrimas nos olhos ela diz :
- Se eles são maus comigo, serei pior com eles!
Ela para de chorar e pega no bolso o seu velho amigo, um canivete preto com vermelho que ela usava para se machucar, agora ia ser a chave da sua alegria.
O dia começa como outro qualquer e Sammy estava no seu armário quando percebeu um bilhete dizendo para ela ir até a parte de trás da escola, ela não desconfiou, devia ser apenas mais um garoto idiota querendo a pedir em namoro. Quando chegou lá não viu ninguém e quando estava quase indo embora ela ouve uma voz, uma voz feminina e meio rouca que dizia :
- Ainda não consegue me ver vadia?
Então surge a dona da voz com um canivete na mão e um sorriso doentio no rosto, ela tenta correr mas logo em seguida vem o primeiro golpe na parte interna da coxa fazendo a garota cair no chão e gritar em desespero :
- Eu gritei durante todos esse anos e ninguém me escutou, porque escutariam você?
E assim foi o segundo golpe, uma passada de leve com o canivete no rosto da garota que fez escorrer um pouco de sangue, Alexia nunca tinha se divertido tanto ela estava animada e empolgada em finalmente achar alguma coisa que lhe fazia feliz. A garota ensanguentada no chão com lagrimas nos olhos diz baixinho :
- Por favor me deixe ir, eu quero ir embora me desculpe por tudo.
- Ir aonde? estamos apenas começando!
...
Dias depois a policia encontra o corpo de Sammy costa totalmente desfigurado e esquartejado, ela tinha marcas de faca por todo o corpo e tinha desenhos feitos com corte no peito, a policia não consegue intender o motivo de tanta violência em uma simples garota. O autor do crime continua desaparecido.